domingo, 7 de abril de 2013

Movimento associativo popular reúne em Congresso da Confederação

Uma delegação da Federação participou no Congresso da CPCCRD Confederação Portuguesa das Coletividades de Cultura, Recreio e Deporto, que incluiu a eleição dos corpos sociais para o triénio 2013-2016. Congresso e eleição tiveram lugar no dia 6 de Abril no auditório do Montepio, em Lisboa.

Aspeto geral na abertura dos trabalhos
Da eleição, realizada durante o período da manhã, resultou a renovação e o rejuvenescimento dos órgãos sociais da Confederação. Mantém-se, respetivamente como Presidentes da Mesa do Congresso e da Direção, os companheiros Francisco Barbosa da Costa (Associação Desportiva e Cultural de Santa Isabel, de Vila Nova de Gaia) e Augusto Flor (Sociedade Filarmónica Incrivel Almadense, de Almada). Rosa Maria Martins Ferreira Batista (Grupo Instrução e Sport, de Figueira da Foz) assegura a presidência do Conselho Fiscal. O Conselho Nacional vê também renovada parte muito significativa dos seus 39 membros.

Mesa que conduziu os trabalhos
O Congresso abriu os seus trabalhos com a análise e aprovação de uma proposta de alteração ao Regulamento Geral Interno, “considerando a a necessidade de agilizar a tomada de posse dos Órgãos Sociais eleitos em Congresso, possibilitando que esse acto se possa verificar logo após a declaração dos resultados definitivos (…)”

Programa de ação para 2013-2016

O programa de ação para o triénio 2013-2016 que suporta os novos Corpos Sociais foi objeto de apresentação. Um programa ambicioso a merecer leitura atenta, que se inicia como o diagnóstico da situação nacional do movimento associativo popular e de que destacamos as seguintes áreas:

Projetos e programas des resposta às necessidades actuais do MAP: 1. Espaços Museu Associativo; 2. Rotas do Associativismo; 3. Jogos tradicionais; 4. Agita Portugal; 5. Programa de Empreendorismo Jovem Associativo; 6. Portal Mais futuro e Portal da economia social; 7. Animar as zonas históricas; 8. Mão na mão – vamos associar; 9. Formação e qualificação; 10. Plano Nacional de comunicação e visibilidade associativa; 11. Bens e Serviços prestados às filiadas; 12. Espaço museu, biblioteca e centro de documentação da Confederação, 13. Dia nacional das coletividades e aniversário da Confederação; 14. Hino da Confederação.

Delegação da Federação ao Congresso.
O documento avalia ainda importantes aspetos da vida do MAP e do relacionamento da Confederação: a estruturação associativa, a sustentabilidade financeira do MAP e as suas relações com outras famílias associativas (formais e informais) e a internacionalização da Confederação.

O Congresso apreciou e aprovou, por unanimidade, uma Resolução Associativa com o título “Milhares de Coletividades em Risco de Encerrar! IVA, IMI, Lei do arrendamento, faturação eletrónica põem em causa sustentabilidade da MAP!”. Do debate realizado ficaram bem patentes os principais problemas que afetam a generalidade do MAP inventariando-se nesta Resolução cinco dos principais problemas e as propostas da Confederação para a sua resolução.

A importância da economia social no contexto social

O Congresso incluiu a intervenção da Drª Cristina Ramos (Instituto Nacional de Estatística) sobre a “Conta Satélite da Economia Social 2010 e Inquérito ao Trabalho Voluntário 2012”, trabalho promovida por aquele instituto e apresentar oportunamente.  A criação desta Conta pelo INE reflete o reconhecimento estatístico das “instituições sem fins lucrativos ao serviço das famílias”, universo em que o MAP se insere.

Drª Cristina Ramos (INE) apresenta a "Conta Satélite da Economia Social 2010 e Inquérito ao Trabalho Voluntário 2012"
Aqui se refletiu também sobre o impacto das diversas famílias da economia social – cooperativas, mutualidades, associações, fundações e misericórdias – na economia nacional, seja na criação de emprego, no valor acrescentado bruto, ou noutros indicadores económicos. Dados provisórios apontam o peso da economia social em 2,8%.

“Liderança Comunitária – Estudo Colaborativo com Dirigentes Associativos”

José Ornelas, professor associado do ISPA-IU apresentou   “Liderança Comunitária – Estudo Colaborativo com Dirigentes Associativos” obra de que é co-autor e coordenador conjuntamente  com Teresa Duarte, Tiago Seixas, José Jerónimo, Artur Martins, Cátia Matos, Deolinda Nunes, Faustino Varela e Luís Costa. Obra de temática cara ao movimento associativo – a liderança nas associações e nas comunidades.


Este trabalho, inspirado na teoria da investigação colaborativa, foi produzido por uma equipa constituída por investigadores do Centro de Investigação e Intervenção do ISPA – Instituto Universitário e dirigentes da CPCCRD.

O estudo proporciona-nos “uma informação complexa e diversificada para a compreensão das potencialidades, dos conhecimentos e das necessidades dos atuais dirigentes associativos (…) bem como contribuir para a identificação de conjunto de iniciativas de formação, estudos e investigações futuras (…)

Equipa responsável pela obra.
A obra foi publicada no âmbito de uma parceria entre a CPCCRD, o ISPA-IU, a Fundação Calouste Gulbenkian e o Montepio. A não perder.

O Congresso e a eleição constituíram importantes momentos de debate de ideias e definição de estratégias com vista ao fortalecimento do movimento associativo popular e das suas estruturas representativas - Confederação, federações distritais, associações concelhias e coletividades-elo.

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