Com
cerca de uma centena de representantes dos mais diversos agentes económicos e
sociais da Região, decorreu o Fórum “Região de Setúbal – Desenvolvimento
Económico e Criação de Emprego”, promovido pela Associação de Municípios da
Região de Setúbal (AMRS), na Biblioteca Municipal de Palmela.
O
Fórum contou com a participação da Federação das Coletividades do Distrito de
Setúbal no segundo painel “A Coesão
Social e o Trabalho”, com uma intervenção do dirigente associativo Carlos
Branco. Intervenção onde
se consideraram as coletividades como atores imprescindíveis neste processo,
atuando como promotores e consumidores dos produtos da região, motivando os
seus associados na defesa intransigente de toda uma região, que sempre esteve
na vanguarda do desenvolvimento de forma sustentável e inovadora. Com
capacidades impulsionadoras para o PIB nacional.
O Fórum apontou como fundamental “preparar a estratégia regional para o QEC – Quadro Estratégico Comum (2014-2020), integrando os contributos de todos os agentes regionais”.
O Fórum apontou como fundamental “preparar a estratégia regional para o QEC – Quadro Estratégico Comum (2014-2020), integrando os contributos de todos os agentes regionais”.
No final do Encontro Alfredo Monteiro, presidente do conselho diretivo
da AMRS, salientou a importância do debate na procura de respostas às
aspirações e anseios das populações e dos atores económicos e sociais da região
- “esta é uma capacidade já demonstrada pela Região” e salientou - “não
abandonamos a perspetiva do desenvolvimento da Região ... e nesse sentido
vamos, no quadro da AMRS, desenvolver todo o processo para, num trabalho de
continuidade, evoluir o nosso Plano Estratégico de Desenvolvimento Regional
(PEDEPES)… Vamos Trabalhar Juntos!”.
Intervenção de Carlos Branco, em representação da Federação das Colectividades do Distrito de Setúbal
Permitam-me que comece por recordar
que o Movimento Associativo Popular, está em pleno período de comemorações do
Dia Nacional das Coletividades e que no passado dia 31 de maio, entrámos no
nonagésimo ano de vida da nossa Confederação, estamos num momento alto da vida
associativa nacional e internacional. Desde o dia 15 de Maio que por todo o
território nacional e mesmo no estrangeiro, estão a decorrer iniciativas onde
se evidenciará a importância social e económica deste poderoso movimento.
A Vila de Óbidos, aceitou ser o epicentro
destas comemorações e por isso, muito justamente, foi denominada “Capital do
Associativismo”.
As iniciativas decorrem até ao próximo
dia 15 de Junho, onde encerraremos as comemorações integradas na Feira Festa
2013, no Complexo da Associação Desportiva da Quinta do Conde com um convívio
desportivo a nível distrital.
Em Portugal, as coletividades
representam mais de trinta mil entidades com cerca de quatrocentos e cinquenta
mil agentes voluntários e benévolos que são os verdadeiros impulsionadores de
uma economia social, que se move indiferenciadamente entre as áreas da saúde e
do lazer, passando pelas atividades culturais e desportivas. Estando espalhados
por todo o território, gozam do privilégio da proximidade e da solidariedade.
Ainda mais intensas quando o Estado se demite dessas responsabilidades, abandonando
à sua sorte todos aqueles, que pela sua tenra idade, o que mais precisam é
apoio e ensinamentos, que lhes garantam um futuro de verdadeira inclusão
social. E também se descarta de toda uma geração que deixou de ser produtiva,
vulgo contributiva, e agora na qualidade de beneficiários, pouco lhes resta do
que a sobrevivência.
Este nicho de mercado, pode realmente
vir a ser gerador de empregos, mas será necessário o apoio do poder local, na
sua proximidade, quer com toda a formação que será necessário incluir em todo
este processo, quer com a criação e divulgação de feiras e promoções locais de
produtos desenvolvidos nas proximidades dos municípios, por associações ou
artesãos.
Urge a unidade e inovação, a procura
constante de novas soluções, que combatam os problemas atuais. Sendo a parceria
uma das formas de união, mais importantes no meio associativo
Digníssima Mesa, deste 2º Painel (“A
Coesão Social e o Trabalho”), Distintos Convidados,Minhas Senhoras e meus senhores, Caros Amigos e Colegas Dirigentes e Ativistas
Associativos
Poderia enumerar várias
possibilidades, mas realço como exemplo a ADREPES - Associação para o
Desenvolvimento Rural da Península de Setúbal ou SESIBAL – Cooperativa de Pesca
de Setúbal, Sesimbra e Sines, onde se potenciam agricultores, produtores de
carnes, pescadores, agentes culturais e autarquias. Com a possibilidade das
colectividades virem a ser polos importantes de divulgação e/ou consumidores
dos vários produtos regionais, avançando assim com a força da preferência em
produtos da região entre os seus associados.
Noutras áreas, infantários, creches ou
centros de convívio, mesmo até as cantinas comunitárias, serão certamente
criadoras de emprego na vertente social. Mitigando o isolamento de idosos, que
surpreendentemente com alguma frequência são encontrados sem vida dentro das
suas habitações. Tudo por culpa de uma sociedade desligada e despida de
sentimentos de proximidade ou afeto.
Quanto ao Estado Social, ainda estará
longe a prática da saúde preventiva e atempada de forma a exercer um controlo eficaz,
com exames regulares e acompanhamentos médicos de forma digna.
Já agora permitam-me que abra aqui um
parêntesis, ao receber o convite para estar aqui, como sempre decidi fazer o
trabalho de casa, para saber o que acontecia na rede social, pesquisei o sítio na net, da segurança social: ( http://www4.seg-social.pt/a-rede-social ) o qual está
abandonado e sem atualização desde (Atualizado em: 11-06-2012). Contudo fiquei
a saber que:
A gestão, dinamização, acompanhamento
e avaliação do Programa Rede Social é da competência do Instituto da Segurança
Social.
A
Rede Social surgiu num contexto de afirmação, de uma nova geração de políticas
sociais ativas, baseadas na responsabilização e mobilização do conjunto da
sociedade e de cada indivíduo para o esforço de erradicação da pobreza e da
exclusão social em Portugal, a qual foi criada através da Resolução do Conselho
de Ministros N.º 197/1997, de 18 de Novembro, sofrendo alterações em 2002 e
2006.
O movimento associativo será capaz de
se regenerar, renovar, reforçar e dar um novo sentido à vida das comunidades.
Seremos capazes de prevenir contra a exclusão e incluir socialmente crianças, jovens, adultos e idosos.
Por fim, em nome da Federação das
Coletividades do Distrito de Setúbal, manifesto a total solidariedade para com
todos os dirigentes e ativistas associativos que no dia a dia das suas
coletividades, associações e clubes, se debatem com grandes e graves problemas.
Certos que, tal como no passado, em cooperação, com consciência e determinação,
vamos ultrapassar este momento.
Contribuiremos para uma sociedade mais
justa, mais solidária, mais fraterna, mais democrática e participativa pela via
da saúde, do ensino, da cultura, do recreio e do desporto. Essa sempre foi a nossa função e
continuará a ser.
Viva o
Movimento Associativo Popular!